Quem não é por nós é do contra.
Uma vez, em meio a muitas dúvidas, perguntei a um pastor acerca do significado da passagem em que os discípulos de Jesus proibiram um homem que, em nome de Jesus, expulsava demônios, porém o mesmo não andava com o "grupo" de Jesus, não era um deles.
Jesus disse: Não lho proibais; porque ninguém há que faça milagre em meu nome e possa logo depois falar mal de mim; pois quem não é contra nós, é por nós.
Foi ai que eu disse ao pastor que uma pessoa poderia ser um seguidor de Jesus sem estar na igreja ou ir a frente levantando a mão a dizendo: eu aceito a Jesus como meu Senhor e Salvador, ou seja, sem ser/estar no meio do "grupo" de Jesus. Ele concordou comigo, mas disse que não era bom pensar assim, pois esse tipo de entendimento poderia levar as pessoas a não virem para a igreja.
Pensando hoje no que me foi dito, Jesus então deveria ter aceitado a opinião dos discípulos e proibido tal homem de fazer o que estava fazendo, só porque não seguia com o "grupo" de Jesus. Isso dá a entender que Jesus estava “jogando contra o próprio time”. O que vale mais é estar na igreja do que estar em Cristo. É lamentável.
Essa mentalidade medieval (coisa do catolicismo papal tão repudiado pelo segmento protestante-evangélico) de domínio e controle que não aceita que a obra de Deus seja feita fora dos portões denominacionais, que não esteja sobre a sua tutela, ou como se diz hoje, fora da cobertura espiritual pastoral, só revela a precariedade do entendimento do evangelho, como se Deus estivesse preso a doutrinas, templos, teologias, dogmas de homens.
Ainda bem que não é assim.
O vento sopra aonde quer e sobre quem quer.
E é por isso que existem muitos seguidores de Jesus que fazem a sua obra sem estarem filiados a alguma instituição eclesiástica. Como Paulo que não procurou os que eram apóstolos antes dele, pelo contrário, sem nenhuma permissão dos tais saiu a pregar o evangelho.
Mas os delegados de igrejas só reconhecem os que oficialmente são por eles mesmos ensinados, instruídos, e separados para a obra de Deus. Assim Deus perdeu seu direito de escolha, sua soberania, por causa da vontade soberana dos homens, que acabam se julgando superiores ao próprio Deus.
Estes sim acabam separando o povo de Deus, criando divisões e sendo contra o Reino de Deus na terra. Daí nasce um monte de religiosos cheios de si mesmos e que pensam não haver Deus fora de seus portões eclesiásticos, surge também a arrogância religiosa de se auto-declarar a religião de Deus na terra, como fez o catolicismo e mais recentemente a igreja evangélica.
Isso é tão louco que certa igreja deixou de assumir um missionário, membro desta igreja, só porque ele havia feito um curso de missões fora do curral denominacional e porque no peito e na raça, sem perguntar aos que eram alguma coisa antes dele, saiu a pregar o evangelho conforme a sua consciência em Cristo, ou seja, ele não havia sido enviado/separado por tal igreja. Mas graças a Deus que levantou filhos seus que socorriam o irmão em suas necessidades. Hoje ele está bem e segue seu caminho de forma mais tranquila.
Minha pergunta é o que isto tem haver com o evangelho de Cristo. Respondo: NADA.
O vento sopra e continuará soprando e despertando pessoas fora das cercas da religião e o evangelho continuará sendo pregado até aquele grande dia do Senhor.
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