Ai de vós.

Leia os textos: MT 11:21, MT 18:6-9, MT 23:13-29,MT 24:19,MT 26:24,MC 13:17,MC 14:21,LC 6:24-26,LC 10:13,LC 11:42-54,LC 17:1-2,LC 21:23,LC 22:22.

Para quem eram os ais de Jesus:
1- Os descrentes => aparecem duas referencias
2- Os que escandalizam e fazem os outros tropeçarem => aparecem duas referencias
3- As grávidas => aparecem três referencias
4- O Traidor => aparecem três referencias
5- Os ricos => aparece apenas uma referencia
6- Os escribas e fariseus => aparecem catorze referencias


Vemos algumas coisas através destes textos:

1- Ai dos descrentes, porque eles viram os sinais e prodígios do Senhor Jesus bem como o viram em carne e osso, bem diante de seus olhos e não creram. Bem-aventurados são os que não viram estas coisas, mas mesmo assim crêem. Bem-aventurados os que enxergam não só com os olhos da carne, mas com os da fé.
2- Ai dos que escandalizam e com isso fazem os pequeninos do Senhor Jesus tropeçar. O problema aqui é com relação a(o)s pequeninos(crianças) do Senhor. Estes deveriam ter o maior cuidado por parte dos
discípulos de modo que seus ensinamentos e vida não fizessem com que estes pequeninos tropeçassem. Levar um destes a se desviar ou pecar, seria melhor pendurar uma pedra de moinho ao pescoço e se jogar no mar. Aqui cabem também aqueles que gostam de discutir com os fracos na fé acerca de doutrinas, discussões estas que muitas vezes mais dividem do que edificam, e como disse Paulo, fazem perecer o teu irmão fraco por quem Cristo também morreu.
3- Às grávidas foram ditos apenas três ais, mas apenas por advertência em relação a sua segunda vinda de Jesus, quando muitas irão ficar sem seus filhos, pois dos tais é o reino de Deus. A advertência é para que as mulheres cuidem de sua fé em Deus assim como cuidam da criança que está em seu ventre.
4- Ao traidor, outros três ais, como forma de tentar abrir o entendimento daquele que estava para trair ao Senhor Jesus, se bem que Jesus sabia que ele de qualquer forma o trairia, pois assim estava escrito. Como o próprio Judas reconheceu: acaso sou eu mestre? Ao que respondeu Jesus: tu o dizes. Jesus não sentenciou Judas à traição, mas este seguiu seu próprio fim. Trilhou o seu próprio caminho e se perdeu nele mesmo. Sua mente embotada pela ganância, pois era ladrão, o levou a ser atraído pela sua própria concupiscência.
5- Os ricos levaram apenas um ai. O apego as riquezas é condenado por Jesus e não o ser rico, pois, ainda que pareça impossível aos homens que os tais sejam salvos, a Deus tudo é possível. Os ricos vêem em sua riqueza o motivo de sua alegria e assim a ancora de suas vidas. Estão seguros em suas posses e se esquecem de Deus.
6- Os fariseus, escribas e demais doutores e interpretes da lei são os campeões de audiência dos Ais. Estes eram os responsáveis pela Lei. A deturpavam e distorciam conforme melhor lhes pareciam. Em cima da Lei criaram suas tradições (legalismos) de forma a que o povo não quebrasse a Lei. Davam muito valor a letra, mas se esqueciam do Espírito que dá vida a letra. Não enxergavam o verdadeiro sentido da Lei, amar a Deus e ao Próximo, mas somente viam nela uma forma de controlar o povo, deixando-o sem consciência, sem entendimento do seu verdadeiro significado. Contra eles, os fariseus & Cia, foi que Jesus emitiu as palavras mais duras, uma vez que estes não entravam e nem deixavam entrar os que queriam entrar no reino de Deus. Eles acabavam fechando as portas do Reino. Eles eram os escolhidos a seus próprios olhos, mas Jesus os via com um olhar bem diferente. Eram raça de víboras, serpentes que envenenavam o povo com suas palavras, os escravizando em seus pecados. Quando conseguiam “converter” alguém aos seus dogmas, os faziam filhos do inferno duas vezes mais do que eles mesmos. Ladrões e carrascos, arrombavam e roubavam as casas das viúvas e mulheres néscias carregadas de pecados. Gostam dos primeiros lugares, de serem super-respeitados, de que os outros os vejam e os temam, os bajulem, os tenham em maior estima, afinal eles são os doutores da Lei. São cegos e guias de cegos, não enxergam e nem deixam outros enxergarem a luz do evangelho, para que possam sair das trevas e vir para a luz. Gostam de subjugar pessoas com a Palavra de Deus, afastando mais ainda o pecador de Deus. O deus dos fariseus & Cia é um carrasco. Odeia os pecadores. Não é paciente e nem misericordioso. Atira pedras, é um franco atirador. Alias, falta de misericórdia e compaixão pelas pessoas é sua maior marca. As pessoas para os fariseus & Cia são apenas números e servem para mostrar que eles, fariseus & Cia, são uma raça evoluída, superior, abençoada e as demais pessoas, não fazem parte deste negócio, estão excluídas por causa dos seus pecados. Eles fizeram e fazem o contrario do que Isaias anunciou: A cana trilhada não quebrará, nem apagará o pavio que fumega; com verdade trará justiça(IS 43:2). Jesus nunca desprezou os pecadores. Sempre esteve pronto a curá-los, fazendo-os enxergar, andar, ouvir, tanto fisicamente como espiritualmente. Dão grande valor a dízimos e se esquecem do amor, fé e compaixão pelas almas. Por fora mostram suas vestes limpas e bonitas, com o melhor tecido que possa existir, estão sempre bem apresentados exteriormente, mas o seu interior está cheio de rapina, estão podres por dentro, cheios de ira, rancor e amargura. Ai deles, fariseus & Cia, pois não entram e não deixam os que querem entrar passar pela porta que Deus nos abriu: Jesus Cristo. Este não escraviza ninguém. Nós entramos e saímos por Ele e continuamos livres, abençoados e cheios de sua graça. Ele não pisa ninguém e levanta todos os que foram pisados pelos fariseus & Cia.